terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uma moedinha

Ônibus lotado. Homens, mulheres, crianças, idosos, donas, donos, senhoras, senhores, estudantes, professores. Todos iguais, segurando pra não cair nas sinuosas pistas simples do estado da Bahia, aproveitando o ar condicionado enquanto o calor aumenta lá fora.

Pela estrada cacau, jequitibás, jacarandás, sapucaias, cobis, ipês...o rio Cachoeira, o bairro pobre, vendedores de jambo e de guaiamum na beira da estrada, vendedores de móveis de palha, menino dando estilingada em passarinho, o matadouro abandonado em ruínas, assentamentos rurais, conversas e mais conversas, falas e mais falas se entremeando.

De repente, ao som de ônibus lotado, aparece uma sanfona. Um senhor, um chapéu, uma sanfona e uns forrós para adocicar o caminho. O som de ônibus lotado deu lugar a um sanfoneiro sorridente que em meio ao caos matinal teve a ousadia de dizer: "parem e aproveitem a vida" ao tocar algumas notas em seu instrumento.

Alguns quilômetros depois: a Universidade.

O sanfoneiro se despede, com aplausos da platéia em pé. Uns entram na Universidade, o sanfoneiro e outros poucos seguem mais uns metros para a periferia vizinha. Na Universidade, o prédio da Torre da Administração e seus vidros espelhados, um arranhacéu em terra de ninguém, refletindo a desigualdade, mas refletindo também um
pouco da arte da vida.

Sara Mortara

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Se os tubarões fossem homens


de Bertold Brecht

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim de que não moressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. Aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros. As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões existem gigantescas diferenças. Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas goelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as goelas dos tubarões. A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as goelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos. Também haveria uma religião ali.

Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar. E os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante. Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.”


domingo, 5 de julho de 2009

O que queremos?

Nada na vida acontece por acaso, apesar de poder ocorrer ao acaso. Não escolhemos por quem nos apaixonamos, não escolhemos os melhores amigos e muito menos os inimigos... são coisas que simplesmente acontecem.
Mas a vivência que estas coisas nos proporcionam é insubstítuível.

Cada vez mais percebo que o que realmente importa na vidasão as relações pessoais, as experiências vividas, experimentar o certo e o errado (mas afinal, o que é certo e o que é errado?).

Vivemos em um mundo em que os valores estão trocados...são mais importantes os contactos virtuais do que os contactos reais, as pessoas se tornam cada vez mais seres individuais, e consideram a individualidade como a sua "Independência". A sociedade é materialista, as propagandas nos dizem "Faça tudo por um novo celular!", ou "Sua televisão (ou computador) está ultrapassada! Compre um produto novo!". Isso transforma a sociedade num doente cronico, cujo único remédio é o consumismo. E o que acontece com quem não consegue consumir? Pode se tornar um doente psicológico... uma pessoa infeliz pois não pode consumir tudo o que quer, ou na melhor das hipóteses, torna-se um endividado...

Aqui eu volto ao ponto: O que realmente importa na vida? O volume de tralhas que conseguimos comprar, ou o volume de conhecimentos e relações pessoais que adquirimos e cultivamos?

domingo, 21 de junho de 2009

As histórias são minha moeda

Cada segundo que vivo fico ainda mais inclinado a pensar que todo ser humano é um universo. Todo ser humano carrega consigo uma infinidade de vivências, sabedorias, sentimentos, angústias e pensamentos, e esse universo que é cada ser humano pode ser expresso por palavras através das histórias. As histórias estão a quem da cor, religião, língua, etnia, fronteiras geográficas ou idade de quem a conta, pois toda história por si é única, rica e mística.

As histórias têm o poder de transformar as letras em palavras que sozinhas são meros símbolos que nos contam muito pouco, mas que ao serem usadas para tecer uma história ganham vida numa dança quase que mágica despertando todo tipo de sentimento tanto em quem escuta como em quem conta. Sentimentos que vão desde medo até alegria, de angústia a satisfação e porque não nos leva a sentir um enorme prazer/satisfação.

A história possui grande força intrínseca e é um “bem” que todos os seres humanos podem ter (já que o dinheiro, a comida, a educação, entre outros nem sempre são alcançados por grande parte das pessoas), e ainda tem a peculiaridade de sempre ser valiosa não importando se quem a contou foi um caboclo, advogado, ministro, ribeirinho, criança, mulher ou homem. Além disso, ao contarmos uma história não diminuímos a quantidade de histórias a serem contadas, muito pelo contrário, pois cada momento vivido é uma nova semente de história, sendo assim a história é um “bem” que só aumenta não importando a quantidade de vez que a conte. Eu não vejo forma de riqueza melhor, já que o acumulo dessa riqueza por alguém não deprecia a riqueza de ninguém. Então, porque não utilizamos as histórias contadas como forma de medir a riqueza de cada um? Porque não medimos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) através de quantas histórias são contadas per capita por ano?

E você contou quantas histórias no último ano? No último mês? Hoje?

Quanto tempo faz que não escuta uma história de alguém, um amigo, um vizinho ou mesmo o passageiro que divide assento contigo no ônibus na volta pra casa?

A partir de agora as histórias são minha moeda. E por falar nisso quando iremos nos encontrar para que eu possa te dar um pouco de minha riqueza e receber um pouco da sua?

Ilha de Maracá, Amajarí-RR 21 de junho de 2009

José Wagner Ribeiro Jr - Xuleta

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Interdisciplinaridade


Interdisciplinaridade é a integração de dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento. A interdisciplinaridade surge como uma das respostas à necessidade de uma reconciliação epistemológica, processo necessário devido à fragmentação dos conhecimentos ocorrido com a revolução industrial e a necessidade de mão de obra especializada. A interdisciplinaridade buscou conciliar os conceitos pertencentes às diversas áreas do conhecimento a fim de promover avanços como a produção de novos conhecimentos ou mesmo, novas sub-áreas.

Partindo deste conceito passo a me questionar sobre a intensidade de aplicação do mesmo na pesquisa, e, a partir do momento que se esbarra no egocentrismo inerente ao pesquisador (por conta da necessidade de defender a suas idéias) se torna muito complicado...
Os problemas ambientais são transversais, logo existe a necessidade de serem abordados por grupos de trabalho que agreguem as áreas do conhecimento necessárias para o seu entendimento e para propor soluções, logo, existe a demanda pelo trabalho coletivo.

Mas qual é o grande desafio inserido nisso tudo?

O problema é que, como humanos que somos, instintivamente buscamos agrupar as coisas em compartimentos, para que tudo fique mais fácil de ser gerido. Aprendemos desde crianças que as diversas áreas do conhecimento são coisas distintas, e que aparentemente não são complementares...crescemos e acrescentamos mais compartimentos às nossas vidas, o que acaba por complicar coisas relativamente simples, como o simples fato de viver.



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Zebras e cavalos, artigo de Marcelo Leite

“O que explica o aumento súbito da produção de ciência no país?”

Marcelo Leite é autor de "Folha Explica Darwin" (Publifolha, 2009) e do livro de ficção infantojuvenil "Fogo Verde" (Editora Ática, 2009), sobre biocombustíveis e florestas. Blog: Ciência em Dia (cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br). E-mail: cienciaemdia.folha@uol.com.br. Artigo publicado na “Folha de SP”:

Atul Gawande, médico e ensaísta americano que brilha nas páginas da revista "The New Yorker", conta em seu livro "Complicações" -já elogiado aqui- que professores de escolas médicas de seu país repetem com frequência um dito sobre quadrúpedes. Algo assim: "Se você ouvir um tropel, pense primeiro em cavalos, não em zebras".

O sábio conselho se aplica em geral à arte do diagnóstico. Diante de certa configuração de sintomas, o médico em formação deve cogitar primeiro as doenças e condições mais comuns que possam explicá-la. Mais ou menos o contrário do que faz o Dr. House, da imperdível série de TV.

Quando li que o Brasil tinha saltado da 15ª para a 13ª posição no ranking de produção científica mundial, logo pensei: deu zebra. Mesmo respondendo por meros 2,12% dos artigos publicados em periódicos científicos indexados (de primeira linha), é um avanço tão sensacional quanto os diagnósticos improváveis de House.

Na divulgação dos dados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se empolgou. Disse que em pouco tempo, se mantiver o ritmo, o Brasil poderá chegar entre os dez primeiros produtores de conhecimento científico do planeta.

"O indicador mostra o esforço nacional e o vigor das universidades federais", afirmou, puxando a sardinha para a sua brasa. Citou a contratação, por concurso, de 10 mil jovens doutores para dar aulas nessas instituições, em todos os cantos do Brasil. E prometeu 17 mil contratações até o final do mandato do presidente Lula.

Tomara. Não dá para não torcer pelo país nesse campo em que só tomamos lavadas. Não, pelo menos, diante do placar espantoso: 30.451 artigos publicados em 2008, contra 19.436 no ano anterior. Um crescimento de 56%. Fantástico.

No fundo da mente, porém, ainda ressoavam alguns cascos. Talvez fossem cavalos. Ou quem sabe outro tipo de equino?

Aumento de 56% num único ano é muita coisa. Ainda mais numa atividade de transformação tão lenta quanto a pesquisa científica. O tipo do dado que aciona o detector de asneiras ("bullshit detector", como dizem os americanos) de qualquer estatístico, até de colunistas ignorantes dos meandros dessa disciplina cruel.

Uma hipótese plausível para ajudar a explicar o desempenho que entusiasmou o ministro é a de que tenha mudado a base utilizada para medir a produtividade científica, da Web of Science. Uma consulta a sua página na internet revela que a empresa proprietária (Thomson Reuters) investe numa política de ampliar a abrangência dos periódicos indexados, com a incorporação de mais de 1.200 títulos de relevância regional.

Nesse processo, o Brasil foi um dos países que mais aumentaram sua representação na Web of Science. De três dezenas de periódicos há dois anos, contava no ano passado com 103 na base de dados. Mais revistas científicas brasileiras acompanhadas, mais artigos nacionais. Aumentou a rede, não necessariamente o cardume.

A mudança da base, por outro lado, pode não explicar todo o avanço da produção científica brasileira, o que só seria verificável com um exame mais minucioso. Não invalida, tampouco, toda a excitação ministerial. A simples inclusão de mais revistas brasileiras no radar bibliográfico internacional por si própria já constitui uma boa notícia.

A tentação de torcer por uma zebra é quase irresistível, não há dúvida. Mas existem muito mais cavalos sobre a Terra do que pode sonhar a nossa vã cienciometria.(Folha de SP, 10/5)

Enviado por: Celso Gaspar Litholdo Jr.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Inconsistência ou InconsCiência?

Com certeza a ciência hoje em dia está muito estranha, principalmente no Brasil.
Você ser julgado pelo número de trabalhos que publica só faz com que sejam publicados trabalhos cada vez mais medíocres. Prezando quantidade em detrimento da qualidade.
Somos vitimas disso e de muito mais, pois agora passamos pela pior fase da vida acadêmica (Mestrado).
Não se tem tempo para desenvolver nada, tudo parece sempre inacabado, os prazos são cada vez mais curtos e a bolsas cada vez mais incompatíveis e situação de graduado.
Á cobrança por um currículo volumoso nos faz pensar varias vezes em publicar logo qualquer coisa, mas acho que como eu, vocês também se sentem mal com isso e acabam empurrando com a barriga, conjuntos de dados, esperando uma nova análise milagrosa, que te faça ter menos vergonha de disponibilizar aquele conhecimento.
Não acho ruim o fato de termos que sempre sustentar nossas opiniões cientificas em idéias de outros pesquisadores, nem me incomodo com todas as citações que somos obrigados a fazer.
Na verdade acho que até muito importante que tenhamos essas bases para o desenvolvimento de nosso senso cientifico, para que não trabalhemos dobrado, e para que tenhamos mais respaldo em nossas colocações.
O que de fato incomoda e essa fabrica de replicadores que a academia brasileira virou.
Ninguém mais tem idéias novas, ninguém mais tem coragem de arriscar, estamos sempre presos a protocolos e coisa que o valha, vindos direto de lugares onde nada acontece como aqui.
Ninguém mais quer entender o que esta fazendo, muito menos colocar a prova suas descobertas, as discussões são construídas em forma de pagação de pau, com uma ou outra comparação com trabalhos afins, mas sem nenhuma crítica.
Hoje entendo aquelas conclusões ridículas que os americanos adoram fazer, porque no final das contas é melhor dizer que tudo ainda precisa ser estudado com mais profundidade, do que fazer voltas e voltas, floreios e babações de ovo e acabar não concluindo nada que outra pessoa já não tenha concluído.
O problemas da ciência é o mesmo de qualquer outra coisa nesse mundo. Muitos falam do sistema e de suas falhas, das leis regras e tudo mais, mas que criou essa parafernalha toda? O problema de tudo no mundo não o jeito que as coisas funcionam, mas sim o medo e a preguiça de fazê-las funcionar de outra forma.
Parabéns pela iniciativa, espero que todos nós possamos contribuir e principalmente aprender muito uns com os outros nesse blog, e que a medida do possível possamos crescer e mudar, o mínimo que seja, o mundo a nossa volta.

Maurício Tassoni Filho

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Ditadura da Televisão

Pois é, a pouco mais de um mês que não sento em frente a "caixa que rouba idéias", não por livre e espntânea vontade, mas por força da ocasião. Ao chegar em Belém me deparei com essa situação, mas, ao contrário do que se pode imaginar, a encherguei com um certo interesse.
Desde então tenho me interessado pela leitura, a qual eu era tão alheio, e principalmente tenho percebido como esse aparelho é fútil na vida das pessoas.

O que se pensa quando se vai montar uma casa?

"Preciso de uma geladeira, um fogão, uma máquina de lavar, uma cama...e uma televisão."

Onde você vai sentar? Onde você vai guardar suas roupas? Onde você vai comer? E comecei a analisar como que as pessoas chegam a essas conclusões...mas não é que é partir da própria televisão?! Surpreendentemente a mídia televisiva direciona as tendências de consumo, e incita as pessoas ao consumo. As propagandas são coloridas, cheias de efeitos, dá até vontade de usar o mata-baratas de desodorante...sem contar que a caixa é o mais eficiente calmante de crianças do universo (mas acho que é tanta informação que acaba prejudicando a formação destas...)

Em 2003, participei do ENEB em Salvador que tinha como tema "Ecopólis - Decompondo a Sociedade do Espetáculo". Na época acho que a ficha não caiu direito...mas ao longo do tempo a Sociedade do Espetáculo foi se concretizando na minha frente, no dia a dia. A política é um circo que transforma a população em uma massa de palhaços inertes, sem opinião. A caixa luminosa neutraliza o senso crítico da sociedade. A novela das oito e o futebol de domingo fazem bem este papel...o país em crise, a corrupção comendo solta e todos preocupados com o que vai acontecer amanhã no conto-de-fadas noturno, ou quem vai ser o artilheiro do campeonatinho de merda do meu estado...

De certa maneira cansei de participar dessa sociedade...pretendo decompô-la, reciclá-la. Aos poucos estou fazendo a minha parte, e na medida do possível agregando seres descontentes para essa causa, pois a Ecopólis só surgirá pelo coletivo, e para o coletivo...

Que tal fazer uma boa roda de conversa em torno de uma fogueira? Será que isso é voltar atrás ou dar um passo a frente na (r)evolução da sociedade?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Porque?

De uma conversa entre amigos surge uma questão: "Porque não podemos apenas expressar nossa opinião, da maneira que esta se forma nos nossos pensamentos? Porque temos que sustentar nossas idéias no que já foi dito por outras pessoas?"

É isso mesmo...é uma tentativa de confrontar as premissas da ciência atual...de tentar encontrar novas maneiras de transmissão de conhecimento adiquirido e produzido.

A partir desta questão surgiu a idéia de criar um espaço de liberdade de expressão para a construção de um pensamento coletivo. E porque um espaço digital? Simplesmente para economizar papel.

A idéia está lançada...participem.