quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tudo ao mesmo tempo agora, por Mariana Sgarioni


A sensação de que as coisas passam muito rápido é cada vez mais real. A velocidade gera um bocado de ansiedade. Mas é possível tirar proveito destes tempos de correria


Paulo César Farias é um sujeito pacato, sereno. Diferentemente do homônimo alagoano aquele outro, o tesoureiro de Fernando Collor e protagonista de um dos maiores escândalos políticos do Brasil , este nosso Paulo César é Paulinho da Viola, um cara avesso a correrias. Seu negócio é cantar quando solta sua voz doce, tem o dom de acalmar até os corações mais inquietos. Me perdoe a pressa. É a alma dos nossos negócios, diz Sinal Fechado, um de seus clássicos. A canção é o hino dos desencontros, da vida movimentada, dos sinais fechados que nos forçam a parar por, no máximo, três minutos. Da pressa que nos atordoa e nos obriga a fazer tudo rápido, para ontem. O sinal... Eu procuro você...Vai abrir!!! Vai abrir!!!

Quantas vezes você teve encontros parecidos com esse? E nem precisa ser no sinal pode ser no elevador, no corredor, entre um café e outro. Não dá tempo de falar muito. Não dá tempo de telefonar para aquele amigo que faz aniversário. Não dá tempo nem de almoçar, às vezes. E assim vamos moldando a vida. Já que o tempo não pára, é preciso fazer muitas coisas e no mais breve espaço de tempo. Como ninguém consegue, lá vem a ansiedade. Até o pacato Paulinho, quem diria, já foi parar no hospital com arritmia cardíaca numa crise de ansiedade. Eu estava sem dormir direito. Dormi só duas horas e acordei cedo porque tinha um compromisso. No final do dia, estranhei o fato de não estar cansado. Minha respiração começou a ficar meio ofegante, estava sentindo uma enorme ansiedade, contou, na época.

Quem faz tudo rápido pode até parecer mais eficiente e esperto. Mas não é. Agilidade em excesso traz danos para a saúde física, mental e social. Mas o que fazer com a vida que nos cobra cada vez mais atividades e o tempo que parece escapulir pelos dedos? É o que você vai descobrir a partir de agora.
Cada vez mais rápido
Parece que o Natal foi ontem e já estamos caminhando para o final de ano de novo. Essa frase, campeã das conversas vapt-vupt de elevador (ou de sinais fechados), existe desde que o mundo é mundo. A impressão de que o tempo voa persiste desde que o homem começou a pensar no sentido da vida. No início da era cristã, o filósofo Sêneca (7 a.C.-65 d.C.), na obra Sobre a Brevidade da Vida, dizia que finalmente, constrangidos pela fatalidade, sentimos que ela [a vida] já passou por nós sem que tivéssemos percebido. Foge o irrecuperável tempo, dizia o poeta latino Virgílio (70-19 a.C.).

Sim, o tempo voa. A má notícia, caro leitor, é que tudo parece estar cada vez mais rápido mesmo. Há pouco mais de dez anos, a dupla de pesquisadores James Tien e James Burnes, do Instituto Politécnico Rensselaer (Nova York), provaram que percebemos hoje o tempo passar muito mais depressa do que no passado. Segundo eles, essa variação de percepção tem a ver principalmente com o crescimento das novas tecnologias, sobretudo com o chamado tempo real de transmissão de informações pela internet. Isso quer dizer que cabem muito mais acontecimentos dentro do mesmo espaço de tempo, o que aumenta a sensação de velocidade, afirma Tereza Mendonça, psicanalista do Instituto de Estudos da Complexidade do Rio de Janeiro.

O lado bom é que é simplesmente sensacional ter acesso a informações com mais agilidade. Isso ajuda a impulsionar a vida e toda essa tecnologia foi criada para nos ajudar. Só precisamos aprender a usá-la com inteligência e não como uma fonte de angústia. Caso contrário, nosso cérebro entra em curto-circuito. Imagine se na época de sua avó ela conseguia, no mesmo instante, saber de notícias online, falar com alguém pelo celular, acessar a agenda eletrônica, ver e-mails, responder chamadas no messenger... Mesmo podendo fazer tanta coisa ao mesmo tempo, é bom lembrar que o dia continua tendo 24 horas, a hora 60 minutos e assim por diante. Está certo que essa contagem foi criada pelo homem (a natureza não tem ponteiros de relógio, lembra?), mas, nesse quesito, nada mudou nos dias atuais. O que aconteceu é que acumulamos funções. O que fazer, então? A psicanalista Tereza Mendonça apropria- se de um conceito da biologia para dar uma idéia de como melhorar essa relação sem precisar fugir para o meio do mato. Temos que colocar uma membrana seletiva imaginária entre nós e a vida. Já que muita coisa acontece ao mesmo tempo, o jeito é filtrar através dessa membrana, que, assim como uma membrana celular, só deixa passar aquilo que é bom para nós, o que nos favorece, diz. Desse jeito fica possível saborear o tempo de forma criativa, como uma experiência, e não como algo que nos escapa. O tempo fica algo maleável, que pode se estender.

Precisamos aprender a usar esse filtro por basicamente duas razões: primeiro porque, na vontade irreprimível de conseguir fazer tudo rapidinho, o monstro da ansiedade vem para nos assombrar e causar os mais diversos incômodos. Segundo porque, definitivamente, não dá para fazer (direito) mais de uma coisa ao mesmo tempo. Nossa atenção pode, sim, ser dividida. Mas isso não quer dizer que sejamos capazes de nos aprofundar. Vamos ver, a partir daqui, de que forma cada uma dessas razões mexem na nossa vida cotidiana.
A ansiedade
Para começo de conversa, ansiedade não é nada ruim. Não é doença, mas um estado emocional absolutamente normal do ser humano, assim como felicidade, paixão, dor, raiva. Precisamos de certa dose de ansiedade, inclusive, para nos mantermos vivos. Esse sentimento está ligado ao nosso instinto de proteção e sempre é ativado em nosso organismo quando nos vemos em uma situação de perigo. É um instrumento de alerta e reação. Ou seja: uma pequena dose de ansiedade antes de uma prova, de uma competição ou até de uma entrevista de emprego pode fazer bem.

O problema é o exagero. Tanto que, atualmente, pelo menos 25% da população mundial já foi acometida por algum tipo de transtorno ansioso na vida. Transtorno quer dizer síndrome do pânico, as mais variadas fobias e outros males que imobilizam a vida da pessoa. Crises pontuais como uma taquicardia porque o trânsito não anda e você precisa chegar logo nunca foram contabilizadas oficialmente, mas dá para imaginar o resultado. Uma pesquisa feita em 2005 com 820 pessoas de Porto Alegre e São Paulo pela Isma-Brasil (International Stress Management Association) mostrou que 83% dos participantes afirmaram ter problemas de ansiedade.

Mas o que acontece com um ansioso? Ele sofre e sofre muito. Ninguém morre de ansiedade. Mas pode padecer de sensações horríveis, tais como tremores, suador, opressão e dor no peito, boca seca, palpitações, tonturas, entre outros sintomas muito incômodos que podem levar a pessoa ao hospital, como aconteceu com Paulinho da Viola, afirma Tito Paes de Barros, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, autor do livro Sem Medo de Ter Medo. A ansiedade vem porque queremos chegar logo no futuro, rápido, saber o que vai acontecer daqui a pouco. É como querer adiar a vida o tempo inteiro. Fazemos mil coisas para aproveitar o tempo e preparar o terreno para o futuro, um futuro que não chega nunca, afirma Andrea Vianna, psicóloga do Amban (Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas de São Paulo).

E tem mais: de que adianta viver correndo em função do futuro, sem aproveitar o presente, se ninguém sabe a hora da morte? Pois essa idéia de falta de controle é outro fator que acarreta ainda mais e mais ansiedade. Segundo Andrea, nessas horas de crise ansiosa, um bom exercício é parar um minuto e prestar atenção na respiração. Se ela estiver curta demais e centrada apenas no tórax, procure respirar pelo abdomen, puxando e soltando o ar em três tempos, como se tivesse uma bexiga cheia e vazia na sua barriga. É um primeiro passo para retomar o controle do próprio corpo.
Vida aos pedaços
A segunda conseqüência preocupante da ansiedade é que, ao fazer tudo rápido, não dá tempo de nos aprofundarmos em nada. Só escancaramos ainda mais nossa sensação de urgência. Fica tudo na superfície, como se provássemos as coisas (e pessoas) aos pedacinhos. Já existe até um termo para isso: snack culture, ou cultura aos pedaços, em inglês. Cunhado pela revista americana Wired, o termo diz que vivemos uma época de entretenimento instantâneo, com produtos culturais feitos para serem consumidos rapidamente para que outros sejam logo produzidos. Não é à toa que já existem filmes de um minuto, livros para ler no intervalo da novela e sites com apenas trechos de músicas. Tanta superficialidade não deixa tempo para reflexão sobre o que se consome o lado bom da história é que nunca houve tanto acesso à cultura como atualmente.

O problema é que a febre snack não atinge só a cultura, mas a vida como um todo inclusive a vida afetiva. O sociólogo polonês Zygmunt Baumann chama esse fenômeno de fluidez da existência contemporânea. A vida numa sociedade líquido-moderna não pode ficar parada. Deve modernizarse ou então perece. É preciso correr. Ligar-se ligeiramente é uma ordem. Não importa o que aconteça, propriedade, situações e pessoas continuarão deslizando e desaparecendo numa velocidade surpreendente, afirma em seu mais recente livro, Vida Líquida.

É só pensar um pouco para reparar no quanto nossa cultura associa viver mais depressa com felicidade e inteligência. Um sujeito rápido é logo identificado como inteligente o lento já é taxado de burro. Isso é uma tremenda balela, mas é assim que temos enxergado o mundo. Prova disso é a pergunta de Albert Einsten a um aluno: Por favor, você pode explicar este problema devagar porque não entendo as coisas depressa?

Se você chegou até aqui nesta reportagem é porque dedicou um tempinho do seu dia para uma reflexão. Então responda: que diferença faz a velocidade com que você responde a uma pergunta, desde que a resposta seja correta? A não ser que esteja se preparando para uma profissão como salva-vidas ou motorista de ambulância, você acha mesmo importante dar valor a essa mesma velocidade que causa ansiedade e superficialidade? Forçar o vinho a envelhecer depressa, as árvores a crescerem rápido, apressar um chute na bola, forçar o amor a vir mais cedo, o amanhã a chegar hoje. Gostamos de andar rápido e vencer a corrida. O problema é que perdemos a grande vitória da desaceleração a ser conquistada, diz o psiquiatra americano Edward M. Hallowell. Se a idéia é aproveitar o tempo, sossegue. Você vai viver mais do que seus avós a expectativa de vida do brasileiro cresceu mais de 8 anos nos últimos 23 anos. Se o homem vive mais tempo, o tempo não precisa lhe faltar. Como diz Paulinho da Viola, coisas do mundo, minha nega.
Para saber mais

Livros:
Sem Medo de Ter Medo, Tito Paes de Barros Neto, Casa do Psicólogo
Sem Tempo Pra Nada, Edward M. Hallowell, Nova Fronteira
Vida Líquida, Zygmunt Baumann, Zahar


Fonte: http://vidasimples.abril.com.br/subhomes/grandestemas/grandestemas_257319.shtml

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Caminhos


Somos nós que escolhemos os nossos próprios caminhos. E quantas são as possibilidades existentes, visto que dentro de cada escolha existem infinitos outros caminhos com personagens, sejam principais, sejam coadjuvantes, mas sempre mutáveis?...afinal os caminhos se cruzam e descruzam, convergem e divergem...é tudo uma questão de momento(s). O mais interessante é o número de caminhantes que se cruzam suas jornadas e apartir daí convergem seus caminhos por um longo tempo, mas em determinado ponto não pedem mais seguir juntos, cada um escolhe sua nova via, mas não se esquece daqueles momentos de amizade que constroem coletivamete, acrescentando e aprendendo em conjunto.



Longo ou curto, reto ou sinuoso. O seu caminho é sua escolha, sua responsabilidade.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sociedade Provisória – Inferno à Vista, artigo de Américo Canhoto

“Seu Cabral vinha navegando: inferno á vista…”

Tudo bem que não tenhamos sido descobertos de forma planejada – mas, que isso não deve ser desculpa; é vero.

É preciso mudar nosso DNA cultural para atender á demanda da vida com qualidade, daqui em diante.

Cá entre nós, a cultura de tornar definitivas as medidas provisórias é um flagelo a atormentar nossa vida particular, familiar, social e política.

Nós temos alergia a tudo que seja planejado, definido, estudado – Metas de longo prazo são muito demoradas para quem gosta de levar vantagem em tudo.

Nesta terra, nós vivemos como se a vida transitória fosse durar para sempre.

No planejamento de nossa existência apenas investimos nas metas de curto prazo.

- Nas finanças. Gastamos mais do que receberemos. O provisório uso do cheque especial e do crédito; torna-se um hábito financeiro definitivo.

- No cultivo das relações afetivas. Ficar e fazer um test drive sexual e afetivo é uma forma de viver que chegou e ficou. Somos adeptos dos ditados populares práticos e fast food: Quem dá para os pobres: cria o filho só – responsabilidade é para otários.

- Nos cuidados com a saúde. Somos os campeões do uso de sintomáticos. A sociedade do analgésico. Investir em prevenção de saúde é coisa para quem não tem o que fazer; o negócio é aproveitar a vida.

- Na convivência social. As pessoas se buscam e descartam segundo os interesses do momento.

- Horários foram feitos para serem descumpridos.

- Regras para serem burladas.

- Viver com ética não dá lucro; pois, exige investimentos educacionais de longo prazo.

- Nas amizades. As rapidinhas não precisam de nome; não trazem problemas; vão e vem como ondas.

- Na vida política. É sinal de esperteza não se definir. Princípios dão trabalho. Ética impede as amarrações. Programa de trabalho de longo prazo é entregar os dividendos para os sucessores.

Tudo que ocorre no macro é a soma das individualidades. E no íntimo, também somos a somatória de nós mesmos.

Para preencher esse vazio que começa a tomar conta do nosso peito e da mente; trazendo aquela sensação de inutilidade – o momento atual exige reflexão:

O que em nossas vidas é provisório?

O que é definitivo?

Quais são minhas metas de curto, médio e longo prazo? Estão alinhadas num mesmo foco? Tenho um projeto de vida?

Viver uma vida provisória é a principal razão das incertezas, conflitos, tristeza, depressão, pânico, angústia e seus filhotes: insônia, perda de memória, dores para todo lado, vontade de dormir para sempre.

O estilo de viver sob a batuta do provisório e da gariba; vai nos levar, mais além, a um inferno já muitas vezes, por nós, navegado.

Viver de forma provisória nos tira a dignidade; pois, perdemos o respeito por nós mesmos. E também por não estabelecermos uma vida regida pelos princípios da ética cósmica; no coletivo, são raras dentre milhões a conviver, as pessoas que se fazem respeitar por viver sob a guarida da simplicidade, honestidade, coerência.

O que fazer para encontrar metas de vida, definitivas; imutáveis?

Praticando o básico: Consulte permanentemente sua consciência, sem usar de desculpas nem justificativas, para saber se em cada momento fez o melhor possível.

No trato consigo mesmo e com os outros adote a máxima: só faça aos outros; aquilo que gostaria de receber – a começar pelo pensamento.

Se cada um de nós, deixar de ser um cidadão provisório; breve nós viveremos numa sociedade justa, ética, saudável, feliz, próspera, rica, amorosa.

Quer se curar? Não garibe sua saúde com sintomáticos nem pseudo preventivos – planeje sua cura.

Quer melhorar a vida social e política da sua terra – não se preocupe apenas em escolher o melhor candidato para esta eleição – atue politicamente o ano inteiro, o tempo todo; faça, cobre, exija, ponha, disponha e deponha se for preciso… 

Fonte: EcoDebate 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ambiente por Inteiro: Desertos de cada um, artigo de Efraim Rodrigues

Desertos de cada um 

Eu adoro ler jornal velho. Não chego a esperá-los envelhecer, mas guardo todos que não consigo ler no dia e aos poucos vou zerando meu déficit. O garimpo às vezes rende oportunidades como ler “a força das águas nas Cataratas do Iguaçu” (O Estado de São Paulo, 27/04/10) em meio a esta seca infernal.

Somos eficientes criadores de desertos. Seja na Mesopotâmia, no norte do Paraná ou no sul da Bahia, nosso negócio é criar ambientes onde esturricamos na seca e nos afogamos na época das chuvas. São Paulo da garoa ou o fog londrino de Londrina, nada disto restou. A cobertura vegetal na região do Itaim Paulista, extremo leste paulistano é de 2,16 %. Na zona rural de Londrina é por volta de 5%. São cidades-deserto alimentadas por zonas rurais-deserto. Some os solos degradados que estão por volta de 1 milhão de hectares em nosso país e você vai ver porque o dia 21 de setembro me deixa meio azedo.

Não vale colocar a culpa no efeito estufa, mesmo que ele torne tudo ainda muito pior. Nossa culpa é maior nesta realidade criada muito mais perto de cada um de nós.

Como se liga a preocupação com a coletividade nas pessoas? Não há muitos exemplos em que ganhamos terras dos desertos, mas sua existência prova que é possível.

Em primeiro lugar, é preciso que a tecnologia seja sustentável. Ganhar a briga com os desertos gastando muita energia ou um recurso finito é cobrir o santo de hoje com a coberta do santo de amanhã. A Líbia vem fazendo tirando água fóssil do subsolo para secá-la ao sol, assim como a Arábia Saudita. Eles próprios reconhecem que a coisa não vai durar muito, mas enquanto persiste está salinizando o solo. Mais e mais deserto por aí.

Não se ganha a briga com os desertos só plantando árvores. Tudo que retém água da chuva também ajuda. Cacimbas, matéria orgânica no solo e na sua superfície, plantios em nível. Dentro e fora das cidades precisamos expurgar uma cultura que fazia sentido quando menos de 300 milhões de pessoas tinham o planeta todo para si. Uma nova cultura deve cuidar de não só tentar colocar as coisas como eram mas ainda melhores. Se toda casa no deserto tiver uma cacimba e a água depois de utilizada servir para manter alguma vegetação viva, estaríamos ganhando recuperando solos, seja o sertão do Caicó ou o Itaim Paulista.

Grandes obras como piscinões do Maluf ou transposições do Lula só arranjam a vida de seus familiares. Isto, enquanto o dinheiro deles ainda puder comprar água.

Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva

EcoDebate, 29/09/2010