domingo, 5 de julho de 2009

O que queremos?

Nada na vida acontece por acaso, apesar de poder ocorrer ao acaso. Não escolhemos por quem nos apaixonamos, não escolhemos os melhores amigos e muito menos os inimigos... são coisas que simplesmente acontecem.
Mas a vivência que estas coisas nos proporcionam é insubstítuível.

Cada vez mais percebo que o que realmente importa na vidasão as relações pessoais, as experiências vividas, experimentar o certo e o errado (mas afinal, o que é certo e o que é errado?).

Vivemos em um mundo em que os valores estão trocados...são mais importantes os contactos virtuais do que os contactos reais, as pessoas se tornam cada vez mais seres individuais, e consideram a individualidade como a sua "Independência". A sociedade é materialista, as propagandas nos dizem "Faça tudo por um novo celular!", ou "Sua televisão (ou computador) está ultrapassada! Compre um produto novo!". Isso transforma a sociedade num doente cronico, cujo único remédio é o consumismo. E o que acontece com quem não consegue consumir? Pode se tornar um doente psicológico... uma pessoa infeliz pois não pode consumir tudo o que quer, ou na melhor das hipóteses, torna-se um endividado...

Aqui eu volto ao ponto: O que realmente importa na vida? O volume de tralhas que conseguimos comprar, ou o volume de conhecimentos e relações pessoais que adquirimos e cultivamos?

2 comentários:

  1. Impressionante como temos uma forte sensação de que realmente o que nos importa são as relações pessoais e as vivências, mas que mesmo assim muitas vezes desconsideramos nossos sentimentos e abandonamo-os. Devemos muito nos questionarmos, esse é o caminho e temos também que expor e discutir esses questionamentos com outras pessoas. Isso nos faz crecer como seres humanos. Nesse sentido deixo um questionamento aqui: A sociedade é materialista porque empurram isso na nossa guela abaixo ou porque o ser humano é naturalmente materialista?

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  2. Por trabalhamos tanto? Por que nos preocupamos tanto?
    Acho que porque queremos garantir um bom futuro para nossas vidas e pra eventual prole que venha.
    Mas por que pensar tanto no futuro? Será que realmente teremos um bom futuro jogando fora nosso presente?
    Hoje trabalhamos pra ter um bom futuro, amanhã trabalharemos para garantir um bom futuro a nossos filhos e depois de amanhã morreremos, mas não antes de nos arrependermos amargamente pelas coisas que deixamos de fazer.

    Eu tb quero comprar um casa e quero ter internet a cabo, quero uma tv legal.

    Acho q tb não faz mal querer as coisas, desde de que elas tenham um propósito.

    Queremos diversas coisa ao mesmo tempo, mas precisamos pensar no que é realmente necessário.

    As vezes é um aquecedor pro inverno, uma TV grande para aproveitar melhor as noites de filmes com sua esposa, as vezes é uma marca de requeijão melhor pra tornar seu café da manhã mais prazeroso, as vezes é simplesmente ter um café da manhã, ou pelo menos uma refeição no dia.

    Querer não é ruim, desde que se tenha controle sobre as vontades e que se sinta feliz com as coisas que conseguiu, mesmo que seja só viver mais um dia.
    O problema está em querer mais do que se pode ou querer mais algo como um iPhone, do que algo básico como 3 refeições, feitas com calma, com tempo, ao lado de alguém com quem se queira estar.

    Eu tenho pensado muito nisso ultimamente, mas não tenho deixado de comprar o que sempre comprei e da forma que sempre comprei, pq julgo que sejam itens importantes para meu conforto (ex. um bom colchão) e necessários a minha felicidade (no caso a de acordar depois de uma noite bem dormida).

    Acho que uma coisa muito esquisita do consumismo e que normalmente se compra pro outros.
    Qual a diferença de um carro 1.0 (no preço abusivo de 22 mil) e um carrão da moda (tipo o corola era a um tempinho), ainda mais nesse mundo, cheido radares, transito e assaltos?
    Qual a diferença de um celular básico que faça o que você realmente precisa e um iPhone, nesse mundo cheio de mp3, wma, mpeg, wmv, ogg, avi, e quase completamente vazio de boas conversas?

    Certos produtos de consumo se fazem necessário as alguns modos de vida, mas será então que o problema não está exatamente neles?

    Eu sei lá

    A gente vai tentando fazer o melhor possível, mas não sabe nem pra quem.

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